Um desafio “duro” em Barcelona
17/06/2024
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Um desafio “duro” em Barcelona
Milão, 17 de junho de 2024 - A décima etapa da temporada é uma prova "dura" para a Fórmula 1. Como de costume, o GP da Espanha acontece no Circuito de Barcelona-Catalunha, que é uma das pistas mais tecnicamente exigentes para os carros e também para os pneus. Portanto, não é surpresa que, mais uma vez para este evento, a Pirelli tenha escolhido seus três compostos de pneus de pista seca mais duros de 2024 – C1 como Duro, C2 como Médio e C3 como Macio, os mesmos selecionados para a rodada de abertura do ano no Bahrein.
A pista é uma das mais completas de todos os circuitos do mundo, não apenas do calendário da Fórmula 1, pelos desafios que apresenta. Além das retas, ele traz todos os tipos de curvas possíveis, sendo alguma delas, como a curva 3 e a combinação das curvas 13 e 14, que conduzem para a reta principal, feitas a velocidades muito altas. As forças laterais exercidas sobre os pneus, especialmente no lado esquerdo do carro, são particularmente altas, em parte porque nove das 14 curvas são para a direita.
Por muitos anos, este circuito foi palco de testes de inverno para as equipes e também marcou o início da parte europeia da temporada, o que também significava a chegada das primeiras grandes atualizações do ano. Recentemente, alterações nos testes de pré-temporada e no calendário significam que este não é mais o caso, mas Barcelona ainda é um teste experimental, recebido com receio por todas as equipes porque – e neste caso o clichê é verdade – se um carro é competitivo aqui, deve ser veloz em todos os tipos de pista.
Em 2023, a configuração original, utilizada desde 1991, quanto esta pista apareceu pela primeira vez no calendário da Fórmula 1, foi reinstaurada. Ela foi alterada em 2007 com a inserção de uma chicane antes da última curva, com o objetivo de criar mais uma oportunidade de ultrapassagem, mas isso não se concretizou. Na verdade, a eliminação da chicane, aliada à configuração aerodinâmica dos carros atuais, trouxe um aumento nas ultrapassagens aqui, de modo que no ano passado esta pista deixou de ser mediana em termos de oportunidades de ultrapassagens e foi para o top 4.
A corrida deste ano acontece três semanas mais tarde do que em 2023, então pode estar mais quente e isso pode acrescentar outro fator ao gerenciamento dos pneus. Esta questão térmica pode colocar o C3 em desvantagem, sendo que no ano passado esse composto havia sido bastante competitivo inclusive na corrida, escolhido por 16 dos 20 pilotos para o primeiro stint.
Em termos de estratégia, duas paradas devem ser a opção mais rápida, com todos os compostos possivelmente entrando em ação. Se a degradação for maior, então até três paradas podem ser viáveis, especialmente porque a corrida do ano passado provou que as ultrapassagens estão mais fáceis do que no passado.
Outra consideração no Circuito de Barcelona-Catalunha é a importância da classificação. Em nada menos que 24 corridas aqui, o pole position foi o primeiro a receber a bandeira quadriculada e, para aumentar a importância desta estatística, em outras quatro ocasiões o piloto mais rápido na classificação abandonou a prova.
Depois do GP de Miami, este fim de semana é o segundo do ano em que todos os quatro campeonatos dos quais a Pirelli é a única fornecedora de pneus estarão na pista. Além da Fórmula 1, Fórmula 2 e Fórmula 3, Barcelona recebe a terceira etapa da série feminina F1 Academy, agora em sua segunda temporada.
A corrida deste ano é a 54ª edição do GP da Espanha, a 34ª a ser realizada no local atual. Ele apareceu pela primeira vez no calendário em 1951, tornando-se permanente em 1986. A pista de Montmelo é a quinta a receber esse GP: anteriormente ele foi disputado em dois circuitos de rua na capital da Catalunha, duas vezes em Pedralbes e quatro vezes em Montjuic. Também foi disputado nas instalações permanentes de Jarama, nos arredores de Madri (nove vezes) e em Jerez de la Frontera, na Andaluzia (cinco vezes). A Espanha também sediou mais sete etapas do campeonato mundial, todas elas sob o nome de GP da Europa: em 1994 e 1997 em Jerez e de 2008 a 2012 no circuito urbano de Valência.
Michael Schumacher e Lewis Hamilton são os pilotos de maior sucesso no GP da Espanha, com seis vitórias cada, enquanto uma vitória no GP da Europa de 1994 faz de Schumacher o mais bem-sucedido em termos de corridas de F1 em solo espanhol. O alemão também lidera a tabela de pole positions com 7, voltas mais rápidas (7) e pódios (12). Dos construtores, a Ferrari lidera com 12 vitórias, 14 pole positions e 38 pódios.
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