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Na pista, mulheres aceleram sobre duas rodas

Motociclistas participam do lançamento do pneu Diablo Rosso IV e incentivam quem tem vontade pilotar em diferentes situações

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Que as mulheres estão conquistando todos os espaços não é novidade para ninguém. Prova disso foi que durante o lançamento do pneu Diablo Rosso IV no Circuito Panamericano, complexo multipistas localizado em Elias Fausto, interior de São Paulo, as motociclistas Bruna Wladyka, Eliana Malizia, Gisele Favaro, Karina Simões e Líbera Costabeber puderam testar o novo produto da Pirelli e falar sobre suas experiências.

Algumas delas tiveram os primeiros contatos com motos por causa da família, por necessidade ou mesmo por motivos profissionais. No caso de Eliana, a vontade de andar de moto surgiu quando o pai trabalhava na Rede Globo e ela via o apresentador Jô Soares circular com uma Harley Davidson. Ao fazer 18 anos, comprou a primeira motocicleta, que usava para ganhar tempo nos deslocamentos entre a faculdade, academia, trabalho e curso de fotografia.

“Com o tempo, fui aumentando as cilindradas e comecei a fazer um blog pessoal em uma época em que eram poucas as mulheres nesse meio. Comecei a trabalhar em uma revista e consegui unir o útil ao agradável: fiz viagens, cursos de mecânica e pilotagem. Depois criei o Aceleradas, uma comunidade para mulheres que querem viver experiências diferentes de moto ou carro”, explica Eliana.

No caso de Gisele, uma viagem de 600 quilômetros para visitar um primo foi o momento que despertou a paixão pelas duas rodas. “Algumas pessoas duvidaram e perguntaram se eu teria de viajar sozinha. Mas eu me preparei e deu tudo certo. Esse foi só o começo e depois disso as oportunidades começaram a aparecer”, diz ela, que já repetiu a experiência outras vezes e percorreu 5.400 quilômetros em 15 dias para ir ao sul do País.

A oportunidade de testar pneus no Circuito Panamericano também provocou boas sensações nas motociclistas. “Fiquei muito feliz, porque foi a primeira vez que vi um evento de motos com tantas mulheres. E eu me surpreendi com a qualidade do Diablo Rosso IV, que trouxe mais segurança na pista, é versátil e com baixo ruído”, afirma Karina.

Muitas emoções

Para Líbera, que veio do mundo do off road, a experiência foi ainda mais emocionante. “Eu fiquei contente por ver que estão apostando muito nas mulheres e não só em um nicho, mas em vários setores. É muito boa essa troca”, diz ela que, apesar de ter chegado insegura no evento, ficou mais confiante no decorrer dos testes.

Bruna, que criou o movimento #ElasPilotam com mulheres apaixonadas por motociclismo, tem percebido que o espaço feminino vem aumentando, mas ela quer que se amplie ainda mais. “Foi muito bom estar no Circuito Panamericano com essas musas e sermos tratadas com respeito e igualdade. Acredito que seja um incentivo para mulheres de diferentes idades e gostos para conhecer as pistas e as motos”.

Karina também tem percebido um olhar diferenciado por parte das empresas, que agora se dedicam também às consumidoras. E lembra que em algumas cidades a moto é o veículo mais usado e, por isso, é preciso informar e inspirar as motociclistas.

Ainda existem locais em que elas são as únicas mulheres, mas a maneira como são tratadas tem mudado bastante. “Cada vez mais tem espaço e boa receptividade. Quando as pessoas percebem que eu tenho conhecimento e posso andar de moto igual ou até melhor do que elas, sou respeitada”, comemora Líbera.

E para as mulheres e garotas que admiram as motociclistas, elas são unânimes em dizer que façam o que têm vontade, sem se importar com os comentários que possam surgir. “Sigam o seu sonho e esqueçam o que vão falar. Foquem nas pessoas que te apoiam, tenham responsabilidade e vão com medo mesmo, porque ele é necessário para nos manter atentas”, aconselha Gisele.

Já Bruna lembra que tudo é possível e que as mulheres têm uma rede de apoio cada vez maior no motociclismo, disposta a receber quem tem interesse nas aventuras sobre duas rodas. “Pilotem suas vidas. Somos fortes e estamos conquistando nosso espaço”, finaliza ela.