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Lar doce lar: cinco dicas de atividades para serem feitas dentro de casa

Há dois anos, começamos a ficar mais tempo em casa e, muitas vezes, sem ideias de coisas diferentes para fazer. Mas há diversas atividades que podem ser realizadas sem que precisemos sair

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Nos últimos anos, a quantidade de momentos que passamos em casa aumentou. Muitas horas em frente ao computador, trabalhando ou estudando, por exemplo, podem ser cansativas e a necessidade de reinventar a si mesmo, aos hobbies e ao ambiente de casa falou mais alto. Ao mesmo tempo, aprendemos que existe muito para se fazer porta a dentro: e por que não levar estes hábitos para além do período de isolamento social? Alguns deles podem ser benéficos para quem os pratica, mas também para a casa e o meio ambiente. Por isso, listamos cinco dicas de atividades que você pode fazer sem deixar o seu lar.

Coleta Seletiva 

Muitas vezes sequer nos damos conta da quantidade de lixo produzido no nosso dia a dia e, muitas vezes, diminuir a quantidade de resíduos é uma tarefa complicada. Então, como reduzir o impacto no meio ambiente? O descarte correto é uma das formas. Carolina Tae, estudante de Ciências Biológicas, explica que não precisamos de muito para dar o primeiro passo na hora de fazer a coleta seletiva em casa e que podemos fazer isso em caixas de papelão ou sacolas plásticas. Receptáculo escolhido, basta começar o descarte de forma mais consciente: “A coleta seletiva é geralmente feita a partir das embalagens descartadas, limpas e secas. Em geral, inicia-se na cozinha e no banheiro”, explica Carolina. 

Depois de começar a coleta em casa, é hora de dar o destino correto ao descarte: “em São Paulo, existem pontos de coleta seletiva (ecopontos) por toda a cidade, além de mercados e shoppings. Existe em vários bairros a coleta seletiva que passa semanalmente, igual a coleta de lixo comum, onde o lixo reciclável pode ser deixado na porta de casa. Todas essas informações estão disponíveis no site da prefeitura”, explica Carolina.

Já para os orgânicos, é possível unir o útil ao agradável e usá-los no jardim de casa. A estudante de Ciência Biológicas explica que este tipo de descarte é feito a partir de restos de alimentos não cozidos. Com exceção das cascas de cítricos, é possível utilizá-los em uma composteira, onde os resíduos viram adubo e fertilizante líquido. E há também os descartes que podem ser utilizados diretamente na terra, como casca de ovos e casca de bananas, que ajudam a repor, respectivamente, cálcio e potássio.

Jardinagem

O contato com o meio ambiente pode trazer muitos benefícios, inclusive para a mente. Então, ter um jardim ou cultivar plantas em casa talvez seja um bom meio de se manter em contato com a natureza todos os dias. O primeiro passo é escolher a planta, Carolina Tae aconselha que a escolha seja feita a partir dos gostos pessoais, assim é mais fácil se lembrar dos cuidados – e também de ter mais prazer durante a atividade. Para iniciar a prática, é preciso atenção ao tipo da planta escolhido, o local onde ela estará e o clima. Carolina diz que “pesquisar sobre o regime de rega e sobre a quantidade de sol também é importante, para que você consiga cuidar da sua planta da melhor maneira possível”.

Por isso, é necessário ter atenção também na hora de escolher o ambiente correto para cuidar de suas plantas: o melhor é que haja iluminação, mas com proteção da exposição direta ao sol. Por outro lado, se a horta for a sua escolha, “o mais indicado é sol direto”, diz Carolina. Além de todas as indicações, um bom modo de saber se são necessários outros tipos de cuidados é prestar atenção aos sinais dados pela própria planta. Se há manchas nas folhas ou sinais de predação, por exemplo, é preciso avaliar a situação e tomar a melhor decisão para a planta escolhida.

Cozinhar

Para economizar e ter uma alimentação mais saudável, uma das opções é fazer a própria comida. Para muitos, a cozinha pode ser uma aventura, mas é possível começar pelo básico e ir se soltando cada vez mais. Itamara Belluzzo, nutricionista clínica, diz que começar fritando um ovo, por exemplo, já é um ótimo primeiro passo. Melhor ainda é começar já com escolhas mais saudáveis: ela recomenda, por exemplo, usar um fio de azeite no lugar do óleo e usar temperos, como lemon pepper, sal e limão, que já darão um toque especial a este prato simples, porém nutritivo. Itamara recomenda também que os alimentos a serem preparados sejam naturais: “devemos pensar em desembalar menos e descascar mais”.

Além disso, a nutricionista destaca algumas opções que podem ajudar em uma alimentação balanceada e saudável: carboidratos bons (raízes e tubérculos, como mandioca, batata, inhame, cará, por exemplo), grãos (como ervilha, lentilha, grão de bico ou o famoso arroz com feijão tão comum aos pratos brasileiros), proteínas (que podem sem encontradas em carnes magras, frango, peixe, ovos, queijos e iogurtes) e frutas, verduras e legumes. “Lembrando que individualidade é tudo. Tudo depende, também, do gosto da pessoa. O mais importante é respeitar as escolhas de cada um”, enfatiza a nutricionista. Para se programar e não precisar ficar todos os dias por horas na cozinha, Itamara aconselha a preparação de quantidades maiores para que sejam congeladas. Depois, basta descongelar ao longo da semana, assim você ganha tempo, mas ainda consegue apreciar a sua própria comida.

Aprender um novo idioma

Acostumados às aulas presenciais, podemos achar que, pela internet, não teremos o mesmo retorno no aprendizado. Adriana Pitarello é professora de italiano e concorda que online é preciso mais disciplina por parte de quem estuda, mas garante que “se o método for adequado aos objetivos e ao público, e houver meios para a prática oral do idioma, a aprendizagem online pode ser tão profícua quanto a presencial”. Segundo a professora, há na internet diversas formas de aprender uma nova língua, oferecidas por sites, blogs, cursos com videoaulas e materiais de livre acesso para o estudo. Para a língua que leciona, Adriana tem indicações especiais: “No caso do italiano, considero eficazes o curso Dire, fare e partire, da Universidade de São Paulo, os sites Impariamo l'italiano e Matdid, além do canal Italiano Automatico”.

Sem limites de idade para começar a estudar um novo idioma, a recomendação de Adriana é que os métodos se adequem às limitações individuais, pois assim todos poderão apreciar os resultados do contato com uma nova língua. A professora explica: “aprender uma língua estrangeira não significa aprender apenas um novo código usado por outros povos para se comunicarem. A aprendizagem acompanha sobre a cultura daquele povo, suas visões de mundo, sua história e construção social”. Mas, além da expansão dos horizontes para o mundo externo, é também uma nova forma de entrar em contato com o que, muitas vezes em nosso dia a dia, não percebemos: estudar uma língua estrangeira nos permite “um olhar de fora para dentro e a consequente reflexão sobre sua própria língua materna e sua cultura”, completa Adriana.

Ler

Adquirir um novo hábito implica em persistência e recorrência. Com a leitura, não é diferente. Para o psicanalista Tony do Nascimento Pereira, assim como qualquer hábito, este também precisa ser alimentado: “habituar-se a ler requer disposição, é uma escolha”. E, para que possamos fazer isso, o primeiro passo é entender quais os melhores horários e locais para você fazer sua leitura, como o momento em que se está descansado (no fim de semana, por exemplo) e em um ambiente confortável, silencioso e onde você se sinta bem.

Para quem ainda não está acostumado a se aventurar no mundo dos livros, o psicanalista recomenda: “comece lendo textos mais curtos, de uma leitura mais fluída. Comece a ler algo que você goste”. Com as escolhas ideias para os seus gostos e persistência, a leitura pode se tornar um prazer – não apenas pelo ato em si, mas também por todos os resultados que este novo hábito trará. Os benefícios são inúmeros, mas Tony chama atenção para o conhecimento que a leitura pode trazer a quem se aventura nela: “ler nos proporciona o pensamento, a reflexão – sobre a vida e sobre nossa condição humana. Além disso, também enriquece nosso repertório de conhecimento: ler nos proporciona aprender”, finaliza