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No seco ou no molhado, precaução em primeiro lugar

Em uma época do ano de muitas chuvas no Brasil, decidimos ir atrás de dicas importantes para manter a segurança em cima da motocicleta em qualquer condição climática

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Um dos grandes prazeres de um motociclista é estar na estrada, virar o tubo do acelerador, sempre dentro do limite de velocidade, e partir em uma viagem pelo asfalto traz sensações que podem variar rapidamente entre o relaxamento e a excitação. Em um ambiente tão volátil, a segurança é primordial. Situações adversas podem surgir em um piscar de olhos, e a chuva se apresenta como um fator capaz de afetar diretamente a maneira de se pilotar uma moto.

Para entendermos melhor quais os cuidados que devem ser tomados em uma situação de pista molhada, procuramos o piloto de testes de pneus de motocicletas da Pirelli no Brasil. Eduardo Zampieri, o “Minhoca”, é o responsável por fazer testes de pneus de moto no Circuito Panamericano, em Elias Fausto, complexo multipistas da Pirelli no interior de São Paulo. Segundo Zampieri, não há opção melhor para o asfalto molhado do que o pneu original da motocicleta.

“Não existe um pneu específico para essa condição de pista molhada (a não ser em competição). O melhor pneu para a sua moto é o pneu original dela. É o pneu que irá atender melhor o condutor em qualquer condição, esteja o piso seco ou molhado”, afirma.

No seco ou no molhado, precaução em primeiro lugar 01
No seco ou no molhado, precaução em primeiro lugar 01

O Circuito Panameriano possui pista própria para testes em piso molhado – Foto: Fernanda Freixosa/Pirelli


Entretanto, para que haja um bom nível de segurança, não basta que a moto esteja calçada com os pneus originais: estes pneus precisam estar em perfeitas condições de uso e isso passa fundamentalmente por uma calibragem em dia.

“No manual da motocicleta está descrito qual o pneu original da moto e qual a calibragem correta para esse pneu. Essa calibragem correta é o que melhor vai oferecer segurança ao condutor em qualquer condição de piso.”

Deve haver também uma atenção especial com o indicador do TWI (Tread Wear Indicator).

“Todo pneu tem o TWI, um indicador de desgaste. Quando a borracha gasta, ela chega no TWI antes de o pneu acabar completamente. No TWI já não há segurança, ele funciona como um sinal de que está na hora de trocar o pneu”, diz Zampieri.

No seco ou no molhado, precaução em primeiro lugar 02
No seco ou no molhado, precaução em primeiro lugar 02

Calibragem dos pneus é aspecto fundamental na segurança da moto – Foto: Pirelli


O começo do ano no Brasil é diretamente associado ao verão, uma época em que o país sofre com chuvas repentinas, rápidas e volumosas. Sendo assim, o motociclista deve sempre estar preparado e equipado com os melhores materiais possíveis.

“Materiais de cordura são os melhores que o motociclista pode ter. A cordura evita as escoriações nas quedas, além de não acumular água em situação de chuva. O capacete deve sempre estar sempre afivelado, evidentemente, e dentro de um prazo de validade de 5 anos. Uma boa dica é polir a viseira antes de sair com o capacete de casa”, comenta.

Estar em uma estrada significa estar acompanhado: ela pode a qualquer momento trazer surpresas, por mais tranquila que esteja. Além dos veículos em si, caminhões e motos, é comum no Brasil que animais atravessem a pista e assustem os condutores.

“Regra básica: veja e seja visto. É essencial estar sóbrio, sem sono e atento. Você não pode ficar escondido nos pontos cego, seja de carro ou de caminhão. Se possível, estar com uma jaqueta refletiva, cores fluorescentes, isso também ajuda a chamar a atenção. Fazer um checklist antes de sair de casa é importante para conferir se a lanterna está acesa e funcionando direito”, conclui.

A lição que fica é: esteja sempre precavido, independente do clima que se apresente. A chuva pode vir de onde e quando você menos esperar!