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Pirelli-Maserati: uma parceria tão longa quanto a estrada de Paris a Módena

Também neste ano, o “P Alongado” se une à Maserati na maratona de ciclismo “Paris-Módena”: o evento inclui 5 etapas e reúne ciclistas amadores, ex-ciclistas profissionais e VIPs, todos com um objetivo em comum: caridade

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“O carro não é apenas um pedaço de ferro velho qualquer, mas uma criatura viva com um coração pulsante, com sentimentos, que é feliz ou triste, dependendo de como você o trata. Se quiser que ele lhe dê tudo o que você pede dele na estrada, tem de conhecê-lo profundamente e ajudá-lo a expressar sua personalidade”. São palavras de Juan Manuel Fangio, que venceu uma impressionante quantidade de corridas do Grande Prêmio em sua Maserati 250F com pneus Pirelli, incluindo o Campeonato Mundial em 1957, e retratam fielmente o espírito de intensa colaboração que tem unido o P Alongado e o Tridente há mais de um século. Essa parceria não se limita meramente ao automobilismo nem apenas à produção padrão, mas nos últimos três anos também se estende ao ciclismo.

Sim, porque pelo terceiro ano consecutivo a Pirelli está patrocinando a "Paris-Módena", uma maratona especial de ciclismo organizada pela Maserati, reunindo ciclistas amadores, ex-ciclistas profissionais e VIPs, todos com um objetivo em comum: caridade. De fato, a participação neste evento tem finalidades filantrópicas: os fundos levantados com as taxas de participação e com os patrocínios irão para a associação Rêves, que tenta realizar os sonhos de crianças gravemente doentes.

Começando em Paris em 4 de junho, essa aventura cruza a França, atravessa os Alpes e chega a Módena cinco dias depois, serpenteando por uma rota que inclui o circuito de Paul Ricard, Mônaco, o Circuito Mugello e Florença.

Ao longo do percurso de mais de 1.000 quilômetros, os ciclistas evidentemente serão "escoltados" por Maseratis equipados com pneus Pirelli. Os pneus Pirelli estão colocados em todos os carros fabricados pelo Tridente. As raízes da parceria tecnológica entre as duas empresas que simbolizam a indústria automobilística italiana na verdade são profundas e datam de quando os pneus eram chamados de Pirelli Stella Bianca, e, durante as primeiras décadas do século passado, quando acompanhavam o Maserati de 8 cilindros pertencente a Giuseppe Campari em sua vitória no Grande Prêmio da França (1933). Essa gloriosa era durou mais de trinta anos, coincidindo com a profunda evolução dos pneus em direção ao modelo radial. Esses anos foram seguidos por uma série de vitórias de Villoresi e Farina, e enquanto o Pirelli Stelvio ganhava o título de "pneu das vitórias" com o Stella Bianca, a estrela de Fangio começava a brilhar no Grande Prêmio da Itália em 1953.

A forte parceria no circuito entre a Maserati e a Pirelli não poderia deixar de ter repercussões na produção padrão, o que para a empresa sediada em Bicocca culminou em uma revolução nos anos 1960, com a introdução do novo Cinturato. Em 1961, os modelos Maserati 3500 GT Spyder e Coupé foram equipados com o pneu Cinturato S, destinado a evoluir para a versão HS-High Speed em 1963, com a chegada do Maserati 5000. Na verdade, o tamanho 205 VR 15, introduzido no Maserati 5000, viria a equipar toda a série produzida pelo Tridente ao longo da década de 1960, desde os modelos 4000 Coupé e Spyder até o Sebring, o Quattroporte e também o 4700 Mexico. A chegada do fabuloso Ghibli, com a aproximação dos anos 1970, levou à introdução dos primeiros tamanhos da Série 70, de perfil baixo. O pneu de referência Cinturato tinha a designação CN72, e era também conhecido como “o Americano”.

O P Alongado e o Tridente se reuniram novamente muitos anos depois, ao final de um longo período de mudanças. No começo do novo milênio, o modelo de referência da Pirelli era chamado de P Zero, e viria a se tornar “o pneu das vitórias”, assim como seus grandes predecessores, tanto na pista quanto na estrada. Em 2002, o Pirelli P Zero foi incumbido de levar o Tridente de volta à pista, dando origem ao Troféu Maserati, envolvendo os novos e potentes Coupé e Spyder, modelos que reacenderam a paixão esportiva no coração do próprio DNA da empresa de Módena em todo o mundo. 2003 foi o ano do projeto MC12: um carro de doze cilindros destinado à vitória em meados da primeira década do século 21, no Campeonato de GT da FIA. Seus pneus foram natural e exclusivamente o Pirelli P Zero.

As últimas peças a se encaixarem neste quebra-cabeça de uma parceria centenária se chamam Quattroporte, Ghibli e Levante (o primeiro SUV da Maserati). Os mais recentes modelos da Casa do Tridente são obviamente equipados com pneus Pirelli, mas diferente de seus homônimos do passado, exibem pneus P Zero feitos sob medida, distintos pela marcação especial na lateral do pneu, MGT, o que indica sua exclusividade e a combinação perfeita com as características e requisitos da empresa sediada em Módena.

Os pneus Pirelli estão contribuindo cada vez mais para dar aos carros uma personalidade única e inimitável. Como costumava dizer Fangio, "O carro não é apenas um pedaço de ferro velho qualquer, mas uma criatura viva com um coração pulsante...", no espírito de uma parceria tão longa quanto a estrada de Paris a Módena!

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