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Muito mais do que dirigir!

Alinhamento e balanceamento, aquaplanagem, uso de pneus de marcas diferentes, calibragem... veja o que é mito e o que é verdade no cuidado dos pneus do seu veículo

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Os pneus garantem muito mais do que uma boa dirigibilidade. Eles auxiliam também na estabilidade do veículo e, sobretudo, na segurança dos passageiros.

Para que você se sinta seguro sobre vários temas que envolvem o universo dos pneus, preparamos algumas informações importantes para você descobrir o que é mito e verdade sobre os cuidados e a manutenção dos pneus. Para isso, contamos com o apoio de Roberto Falkenstein, Consultor de Tecnologias Inovativas da Pirelli.

1. Posso usar pneus de marcas diferentes no meu carro

Mito. Usar pneus de marcas diferentes pode trazer muitos problemas para o seu carro e até colocar em risco a sua segurança. Cada fabricante tem um molde e composto específico. Isso significa que cada pneu tem uma banda de rodagem diferente, fazendo com que a aderência ao solo também seja diferente, o que pode causar instabilidade no controle do veículo, principalmente nos momentos de frenagem brusca e de direção em pista molhada.

Mas se for usar pneus de marcas diferentes, mantenha pelo menos uma mesma marca em cada eixo. Usar pneus de marcas diferentes em cada lado do eixo desequilibra o veículo e pode descontrolá-lo em uma manobra de emergência.

Outra dica importante é sempre utilizar pneus novos e originais para aquele veículo, pois pneus remold não são cobertos pela garantia das fabricantes, já que passam por um processo de recuperação no qual a banda de rodagem e a parede lateral são raspadas e substituídas por uma nova camada de borracha.

2. Preciso realizar alinhamento e balanceamento dos pneus do meu carro a cada 6 meses

Mito. Esse cálculo deve ser realizado não pelo tempo de uso, mas, sim, pela quilometragem. O padrão é que alinhamento e balanceamento sejam realizados a cada 10 mil quilômetros, porém, em determinados casos, como altas quilometragens em estradas esburacadas ou sem asfalto, painel e volante tremendo, direção puxando para um dos lados ou troca de algum dos pneus, o procedimento deve ser realizado antes desta quilometragem recomendada.

3. Aquaplanagem só acontece por imperícia do condutor

Mito. A aquaplanagem acontece quando o veículo passa por uma pista molhada e, em função da presença de muita água, os pneus perdem o atrito com o solo, fazendo com que o condutor tenha dificuldade para controlar o veículo. Manter as mãos firmes no volante, sem acelerar ou frear, fazem com que o veículo volte naturalmente ao controle assim que passar pela água. Alguns cuidados podem evitar a ocorrência de episódios de aquaplanagem, tais como:

- Mantenha os pneus calibrados com a pressão de ar correta pontuada pelo fabricante;
- Monitore a profundidade da banda de rodagem para que não fique abaixo do mínimo permitido, que é de 1,6 mm;
- Diminua a velocidade, sem frear, em situações com água na pista;
- Mantenha a distância dos demais veículos.

4. A calibragem dos pneus deve ser feita a cada 15 dias

Verdade. Para carros que rodam todos os dias, o ideal é calibrar os pneus a cada 15 dias. Já para os que rodam pouco, 30 dias são suficientes. No momento da calibragem, é importante estar com os pneus “frios”, e observar a recomendação do fabricante, que, normalmente, pode ser encontrada em um adesivo colado nas portas ou pelo manual do veículo. Outra dica importante é lembrar de calibrar o estepe também.

Vale ressaltar que, em alguns casos, há a indicação no próprio veículo de que a calibragem de pneus traseiros pode ser diferente dos dianteiros. Em casos específicos, quando há o transporte de muitas pessoas ou muita carga, também é recomendada uma calibragem diferenciada para que o veículo se comporte melhor e tenha menor desgaste dos pneus.

Outros pontos relevantes relacionados à falta de calibragem periódica é que pneus murchos gastam mais combustível, se desgastam mais rapidamente e aquaplanam mais facilmente do que quando estão com a pressão adequada.

5. O rodízio dos pneus deve ser realizado em todos os tipos de veículos

Rodízio de pneus/ Foto: Divulgação

Verdade. Porém, de formas diferentes. A cada 8.000 km para pneus radiais e a cada 5.000 km para os diagonais. Além disso a forma do rodízio também muda para veículos com tração traseira ou dianteira, se são pneus direcionais ou assimétricos.

Por esse motivo, consulte sempre o manual do veículo, pois ali existe a recomendação ideal para cada modelo de carro ou moto. No caso de dúvida, consulte um especialista que irá ajudar no melhor modo de fazer este rodízio.

O rodízio deve ser feito por profissional especializado para que não haja troca incorreta, o que acarretará um desgaste maior dos pneus, pode gerar ruído, além de reduzir a aderência e a dirigibilidade.

6. Carros com somente freio a disco provocam mais desgaste dos pneus do que os veículos com freio abs.

Verdade. O freio a disco sem ABS faz com que as rodas do carro travem completamente no momento em que é acionado, podendo causar a derrapagem do carro e até provocar acidentes com maior facilidade. Já o freio ABS tem um sistema que não trava a roda por completo, e sim, aos poucos, garantindo mais segurança ao motorista e ao veículo, pois ele não faz o pneu derrapar e torna a aderência ao solo maior, diminuindo o espaço de frenagem.

Agora que você conheceu essas dicas importantes, não deixe de lado o cuidado com os pneus do seu carro. Eles são um item primordial para garantir o que há de mais importante na vida: a sua segurança e a de sua família. Por isso, faça a manutenção correta. Com segurança não se brinca!