Entre 7 e 9 de novembro, o Autódromo de Interlagos receberá o Fórmula 1 MSC Cruises Grande Prêmio de São Paulo 2025, a 21ª etapa da temporada. Esta rodada é uma das mais aguardadas do ano não somente pelo circuito, que é um dos favoritos dos pilotos, mas também pelo histórico de grandes corridas realizadas no Brasil. Relembre cinco dos momentos mais marcantes da história de Interlagos da principal categoria do Motorsport mundial.
2012: Festa alemã no Brasil
O GP do Brasil de 2012 teve um significado especial para dois dos maiores pilotos alemães da história. Campeão em 2010 e 2011, Sebastian Vettel conquistou o tricampeonato em Interlagos, tornando-se o mais jovem tricampeão mundial de Fórmula 1 na história até então.
A 13 pontos de vantagem do vice-líder Fernando Alonso, Vettel largou na quarta posição, porém foi tocado e caiu para a 24ª posição ainda na primeira volta. O piloto da Red Bull fez uma corrida de recuperação sob chuva e, mesmo após um pit stop de mais de 10 segundos, chegou na sexta posição, o suficiente para superar Alonso, que terminou na segunda posição, mas precisava vencer para ser campeão.
O GP de 2012 também marcou a despedida de Michael Schumacher das pistas. Dono de sete títulos mundiais e 91 vitórias na Fórmula 1, 'Schumi' terminou sua última corrida na sétima posição, seu terceiro melhor resultado na temporada. Curiosamente, o alemão foi substituído por Lewis Hamilton, que viria a ser o segundo heptacampeão da história da categoria em 2020.
2017: Última corrida de um brasileiro em Interlagos
Com os títulos de pilotos e construtores de 2017 já decididos em prol de Lewis Hamilton e da Mercedes, o GP do Brasil daquele ano foi marcado pela despedida de Felipe Massa da Fórmula 1 após 15 anos. O brasileiro chegou na 7ª posição, foi ovacionado pela torcida presente no autódromo e recebeu uma série de homenagens, com direito a uma mensagem de rádio de seu filho, Felipinho, à época aos sete anos de idade, após a bandeirada.
Essa foi a última temporada em que um piloto brasileiro foi titular de uma equipe da Fórmula 1 e também a última vez que um brasileiro correu em Interlagos pela categoria. A expectativa é que, no próximo dia 9, Gabriel Bortoleto encerre essa sequência.
2021: A escalada de Hamilton
Nenhum piloto venceu mais vezes na Fórmula 1 do que Lewis Hamilton. O britânico tem impressionantes 105 vitórias na categoria, porém, segundo ele próprio, nenhuma foi mais impressionante do que a de 2021 em Interlagos.
Na ocasião, Hamilton fez o melhor tempo da classificação com sobras, porém foi desclassificado devido a uma irregularidade na asa traseira e largou na última posição na Corrida Sprint. Após uma recuperação impressionante, com 15 ultrapassagens em 24 voltas, o inglês terminou a corrida curta na quinta posição.
Já na corrida principal, Hamilton sofreu nova punição por trocar o motor, perdendo cinco posições no grid de largada. No entanto, isso não o impediu de realizar mais nove ultrapassagens, totalizando 24 no fim de semana, e vencer com 10 segundos de vantagem sobre Max Verstappen, com quem disputou o título de pilotos até a última etapa.
2022: A surpreendente pole da Haas
A classificação do GP de São Paulo de 2022 trouxe uma das maiores ‘zebras' da história da Fórmula 1. Kevin Magnussen, da Haas, era o líder do Q3 quando a Mercedes de George Russell escapou devido à pista úmida e ficou presa na brita, forçando uma bandeira vermelha. Após a interrupção, já com a pista molhada e os pilotos correndo com pneus intermediários, ninguém conseguiu superar a marca do dinamarquês, que largou na pole position, logo à frente do campeão Max Verstappen.
O resultado nas corridas não acompanhou o da classificação: Magnussen foi o oitavo colocado na Sprint, somando o único ponto da Haas no fim de semana, e não terminou a corrida principal. Há de se notar que a equipe norte-americana foi uma das piores do grid na temporada, ficando na 8ª posição entre construtores, enquanto Magnussen foi o 13º do Mundial de Pilotos. A pole em Interlagos é a única conquistada pela Haas até hoje.
2024: Verstappen brilha na chuva
Prestes a conquistar seu quarto título consecutivo de pilotos, Max Verstappen mostrou no ano passado por quê é um dos melhores pilotos de todos os tempos.
A classificação foi um desastre para o holandês. Sob chuva, o piloto da Red Bull ainda não havia marcado um tempo de volta suficiente para passar do Q2 quando Lance Stroll bateu na subida dos boxes. Para piorar, ele recebeu uma punição por trocar o motor de combustão interna de sua Red Bull e teve de largar na 16ª posição do grid.
Já no domingo, a sorte que abandonou Verstappen na classificação o acompanhou durante a corrida. O tetracampeão pilotou de forma brilhante na chuva, ganhou várias posições nas primeiras voltas e adotou uma estratégia mais arriscada que os adversários, escolhendo não trocar pneus mesmo com a chuva aumentando. Na 32ª volta, um acidente de Franco Colapinto forçou uma bandeira vermelha com Verstappen na vice-liderança. Na relargada, com pneus novos, bastou ultrapassar Sebastian Ocon na primeira curva para vencer e praticamente encaminhar seu quarto título de pilotos.
